domingo, 30 de dezembro de 2007

Pau na JBC!

A pedidos dos meus leitores (ou seja, ninguém), resolvi apontar meu dedo a um podre que incomoda na editora JBC. A princípio o objetivo deste blog é relatar os problemas de comunicação entre leitores e editores da Panini do Brasil, mas não poderia ignorar tamanho descaso com o leitor e, principalmente, com o potencial autor de quadrinhos nacionais.

Estava eu visitando a página da JBC voltada especialmente aos leitores de sua linha de quadrinhos japoneses (http://henshin.uol.com.br/, visitada em 22 de dezembro de 2007) quando vejo o anúncio de um concurso para a escolha de novos talentos.




Nossa, me impressionou tal anúncio, ainda mais ao lado da propaganda de uma das publicações na editora – de um guia sobre como desenhar no estilo mangá. Pensei em minha inocência, “puxa, finalmente uma atitude séria de uma editora nacional, que legal...! Um ato de coerência editorial, finalmente...afinal, já houve uma tentativa frustrada de lançar o gibi dos Combo Rangers, pelo menos desta vez a JBC está acertadamente promovendo uma seleção democrática de material, estimulando e valorizando nosso produto em potencial.”. Mas isso só durou até verificar do que se tratava:





O anúncio tratava-se de um concurso da Norma editorial, da Espanha. Agora parem para analisar: qual o sentido da manutenção do site de uma editora? Para dar notícias bobas, sem sentido, sobre um Japão distante e inalcançável? Por que a editora JBC lança um manual de “Como desenhar mangá” (dois, na verdade, pertencentes a uma série enorme, que nos EUA passam dos 40 volumes) se não pretende aproveitar um retorno de seus leitores para criar novos autores em nosso país? Quais são os critérios de publicação da editora JBC? O que fez Fábio Yabu para publicar lá?




Isso sem falar na maior burrada editorial da Panini do Brasil, a qual nem me lembrava mais: Combo Rangers, de Fábio Yabu! Tratando-se de um clone dos inúmeros, lixosos, e eternamente recicláveis tokusatsus (como são conhecidos os seriados para crianças do tipo “Power Rangers”), MAS COM MUITAS PALMINHAS DE ALGUNS DESACEREBRADOS DA INTERNET, e mesmo matéria no “Jornal Hoje” da Rede Globo, Yabu conquistou lá seu espacinho na JBC, sabe-se lá como. Depois de 9 edições, o título foi cancelado no meio da história (traduzindo: vendas baixas). Nosso anti-herói dos quadrinhos no Brasil resolveu bater em qual porta? Panini do Brasil! Que sem uma consulta às distribuidoras de revistas para verificar o retorno de vendas do projeto do autor em quesão, resolveu investir em mais 3 ou 4 exemplares da história horrorosa. E amargou prejuízo!

É visível que a tanto JBC quanto Panini não se importam com seus leitores, não os ouvem, e decidem por NÓS, que pagamos os salários DELES.

Agora, me dêem licença que vou lá fora gritar de raiva.

sexta-feira, 14 de dezembro de 2007

Ferindo a ética


Tomo a liberdade de reproduzir aqui as considerações de meu caro BK a respeito de um texto presente na edição mais recente do Samurai Executor:

Uma coisa que me chamou a atenção neste último "Samurai Executor" foi uma imensa, senão a maior cagada da Elza.
Uma cagada ética.
Ela citou o budismo Soto-Zenshu e a escola Mahayana como referências para seu texto explicativo e, portanto, usou como base as duas correntes budistas como "explicação definitiva" para o texto citado no mangá.

Não cabe a uma editora optar por essa ou aquela corrente religiosa. Porque acaba virando PROSELITISMO religioso que indica a preferência da editora por tais escolas, descartando todas as demais.

É a mesma coisa que a gente citar um texto bíblico e atribuir sua "origem" como sendo do Catolicismo ou Adventismo.
Não.
Texto bíblico vem da bíblia, texto budista vem do budismo, não importando se esta ou aquela escola religiosa faz uso dela.

É OBRIGAÇÃO do editor ser indireto nesse sentido porque senão ele acaba fazendo propaganda religiosa e, pior, mostra que só esta ou aquela versão religiosa é a certa.
Quando não é nada disso.

Tivesse a Elza, e o Helcio de Carvalho que a empregou, um MÍNIMO de discernimento e profissionalismo, JAMAIS apresentariam a escola Mahayana ou a Soto-Zenshu como representativas definitivas do Budismo.

Mesmo porque, dentro do contexto da história, o personagem se faz usar de uma versão laica e personalista de textos budistas, sem que estes estejam obrigatoriamente atrelados a qualquer escola.
O personagem fez uma revisão pessoal do Budismo e, na profunda ignorância dos editores, deixaram uma moça completamente desaparelhada propagar escolas religiosas que não tem NADA a ver com a história...

Mas no entanto, uma pessoa da equipe (suspeito ser a tradutora) segue um desses movimentos!
Sacou?

Fosse a Elza competente, letrada, profissional mesmo, ela citaria o Budismo INDU (sic - correto é HINDU) como BASE para a filosofia do personagem e não sairia por aí catando xavecos de seus colegas.

Essa é a Elza. Uma incompetente completa que nunca deveria estar cuidando de quadrinhos.
Ela não tem capacidade para isso.
E nem a editora, por sinal.

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Quando você assume o cuidado de uma revista de grande alcance, como é o caso das publicações da Panini, qualquer editor minimamente responsável adota atitudes éticas que visem levar adiante não apenas diversão mas preceitos e idéias pros leitores pensarem a respeito.
Tá certo que 99,999999% das revistas não fazem isso, ainda mais agora com os editores escalando gente "dócil" prá editorar as paradas.

Contudo, este missivista sempre acreditou que ALGUMA postura ética, no que tange à qualidade da Idéia que levamos ao leitor, deve ser cultivada de alguma forma.

Sei que aos olhos dos néscios de plantão parece que cometi incontáveis deslizes. E bem sei de meus pecados (tenho espelho em casa, muito obrigado).
Porém, em momento algum, em nenhuma publicação em que editei, eu NUNCA deixei de levar uma idéia ou proposta que fomentasse a discussão, o debate e mesmo a polêmica junto ao leitor.

Quem me lia na Japan Fury e na Animax, ou mesmo nos meus blogs, podcasts ou mesmo aqui no MBB, sabe que detrás da minha cortina de baderna SEMPRE existe uma coisinha ou outra nesse sentido.

O que acontece é que religião é um caso complicado.
Porque você, como editor, vai estar passando adiante uma perigosa: a de que, no caso da Elza, o Budismo se limita a duas escolas. E que estas estão servindo de base para o personagem se inspire a fazer isso ou aquilo.

Na minha modesta ótica, isso é ser anti-ético e desinformado: anti-ético porque não se pode limitar, mesmo que numa breve citação, duas escolas budistas especificamente. Isso significa descartar todas as demais, inclusive a que, eventualmente, foi usada na HQ.

E é desinformação pois, dentro do contexto histórico ou local da HQ, não se apresenta nenhuma escola budista como sendo a preferida pelo personagem.

Portanto, se fôssemos seguir a Lógica, não se deveria apontar esta ou aquela vertente budista como a "base" (atenção para as aspas) explicativa que se tentou impor ao leitor.
Fosse a Elza responsável, o que nunca será, certamente ela omitiria as escolas budistas citadas pois ela as usou apenas porque fulaninho do lado dela disse que era verdade.

Se ela fosse uma editora de verdade, não optaria nem por uma e nem por outra, atendo-se ao dogma de maneira genérica e não definitiva como ficou consignado.

E, modestíssima a parte, eu tenho experiência editorial o bastante prá saber as diferenças.


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E só para fechar o tópico de hoje, já é dia 14 de dezembro, nenhuma publicação da Panini e nem a parte principal do site da empresa veicula o 'recall' de Trigun.

Fonte do texto: Fórum Multiverso Bate Boca: http://www.mbbforum.com/mbb/viewtopic.php?t=11528&postdays=0&postorder=asc&start=275

terça-feira, 11 de dezembro de 2007

Recall? Cadê você? Alô Panini!

Molecadinha,

Por acaso já clicaram ali nos links na página da Panini do Brasil? Não? Pois bem. Olhem agora:



Observaram bem? Tem notícias de algumas das revistas que foram lançadas recentemente, incluindo os mangás, um link para o site puxa-saco e lambe botas "Omelete"...mas nada do recall de Trigun a princípio. Engraçado que tem até uma janela pop-up falando das novidade enviadas por e-mail...tudo muito quieto e legal para um problema da gravidade em questão, não concordam?




Fuxicando muito o site, cliquei na aba "notícias", à esquerda do site e sem indícios de atualização recente ali. E só lá tem as instruções para fazer o recall. Quer dizer que o leitor comum tem que adivinhar que o recall está sendo feito? Pois numa primeira olhada no site não há qualquer indicação de que haja uma providência da empresa perante o ocorrido. Mais divertido de ver na bagunça corporativa que observo é que há uma preocupação de avisar, num esquema mambembe, boca a boca, em fóruns de fãs de quadrinhos e em um site de relacionamento, o orkut.

Percebem que a ação da empresa é de esconder os próprios erros? Os avisos dados parecem seguir a filosofia do "para não dizer que não abordei o assunto". E o leitor fica na mão.



Ah, e antes que eu me esqueça: o texto desse recall está tão mal escrito que confunde os leitores!

"3.1. O leitor deverá retirar as capas de seus exemplares (identificados com os códigos de barras ISBN 857351367-5 – 1 e ISBN 857351367-5 – 2) e enviá-las – SOMENTE AS CAPAS – juntas e no mesmo envelope para a Panini, em CARTA REGISTRADA PELOS CORREIOS. A remessa será paga pela Panini."

Espera lá: que remessa é essa a ser paga pela Panini? A da carta registrada que o leitor desembolsou para mandar as capas do Trigun? Ou a do gibi a ser enviado prá casa do leitor? Sim, pois a presença na mesma linha das expressões "CARTA REGISTRADA PELOS CORREIOS" e "A remessa será paga pela Panini." Dá a entender que o leitor receberá o gibi, com correio pago, e ainda receberá o valor que gastou para enviar as capas. Só quero ver...


Fonte das imagens: http://www.paninicomics.com.br/Home.jsp
Visitado em 10 de dezembro de 2007

sábado, 8 de dezembro de 2007

Otaku, a praga!

Opa rapaziada! Beleza?

Estava aqui andando por umas comunidades no orkut, uns fóruns de discussão em quadrinhos, e puxei o papo com uma molecadinha a respeito do 'recall' (pff...! Faz-me rir!) promovido nas coxas pela editora Panini. Meu, eu vi cada coisa, cada comportamento infantil...como o ser humano consegue ser podre em dados momentos! Me chamou atenção um espécime em particular:


Leram as partes circuladas em vermelho? Tem gente que defende a empresa, confunindo-a com a editora da linha editorial em questão, a dona Elza Pacheco...mas a troco de quê? Vontade de aparecer? De ser amiguinha de uma menina que nem conhece pessoalmente, mas aparece no orkut distribuindo graçolas nos perfis dos otakus?

E o que mais me impressiona: a otaka em questão nem lê o gibi do Trigun! Mas é tão bitolada, coitada, que ainda quer espalhar a notícia do recall feito em apenas 2 semanas em todos os fóruns da internet. Ok, direito dela. Mas caramba, e os leitores que não acessam internet? E os que tem e não frequentam o nicho otaku, os fóruns? Será que otaku, aquele que vai no fórum e evento de quadrinhos compra, de fato, uma revista de mangá que ele já deve ter lido há alguns anos em scanlation?

Fonte da imagem: http://www.orkut.com/CommMsgs.aspx?cmm=8418389&tid=2570259709412507688&na=4&nst=52&nid=8418389-2570259709412507688-2570605252429384187

quinta-feira, 6 de dezembro de 2007

Tome vergonha na cara, Panini!


Para quem não sabe do caso, o título de mangá Trigun iniciou a publicação no formato 'meio volume' de aproximadamente 196 páginas cada. Isso há alguns meses. Por algum motivo espatafúrdio, a coleção foi reiniciada em formato volume inteiro (umas 400 páginas ao todo), sem maiores explicações aos leitores. Cagada, que ficou maior ainda: quando os volumes partidos ao meio foram lançados, ficou faltando 30 páginas de história.

Meu Deus! Como fica o leitor? Ele teria que gastar mais R$ 9 - 12 reais por uma história que ele já leu para ver 30 páginas inéditas e aí sim entender o resto do mangá?

Foram meses de reclamações, petição online por parte dos leitores e nenhuma postura por parte da editora. Até ontem. Acompanhe:


Fonte: Forum Multiverso Bate Boca, acessado em 06 de dezembro de 2007
tópico: http://www.mbbforum.com/mbb/viewtopic.php?t=13582

Citando o tópico consultado:


"Os dois primeiros volumes de Trigun foram relançados em um único volume devido a exigências do licenciante. Em respeito aos seus consumidores, a Panini está disponibilizando o recall dessas duas edições, que será realizado da seguinte forma:

1. Do prazo:
Serão atendidas todas as cartas postadas até o dia 21/12/2007.


2. Dos produtos a serem trocados:

2.1. O recall se refere unicamente às edições Trigun #1 (ISBN 857351367-5 – 1) e Trigun #2 (ISBN 857351367-5 – 2), contendo 196 páginas cada.

2.2. A edição Trigun #1 COMPLETA, que substituirá os antigos volumes 1 e 2, contém 370 páginas e apresenta o código de barras ISBN 857351367-5 – 3.


3. Do procedimento:
3.1. O leitor deverá retirar as capas de seus exemplares (identificados com os códigos de barras ISBN 857351367-5 – 1 e ISBN 857351367-5 – 2) e enviá-las – SOMENTE AS CAPAS – juntas e no mesmo envelope para a Panini, em CARTA REGISTRADA PELOS CORREIOS. A remessa será paga pela Panini.

3.2. A carta deverá estar identificada com as palavras RECALL TRIGUN para facilitar a triagem.

3.3. O endereço para envio é:
RECALL TRIGUN
PANINI BRASIL LTDA
CAIXA POSTAL 210
TAMBORÉ – BARUERI – SP
CEP: 06455-972

3.4. A Panini enviará a edição 1 COMPLETA (ISBN 857351367-5 – 3) em um prazo de 15 a 60 dias a partir do recebimento das CAPAS (e somente capas) das edições identificadas com os códigos de barras ISBN 857351367-5 – 1 e ISBN 857351367-5 – 2.

3.5. A troca não poderá ser feita na sede da Panini.

3.6. Após 3 (três) tentativas de entrega não sucedidas, a revista retornará a Panini, podendo ser retirada pelo cliente em endereço informado pelo atendimento da editora (e-mail: atendimento.cliente@panini.com.br / Fone: (11) 3021-6607) em até 180 dias após a confirmação do pedido.

Panini Brasil Ltda"

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Corninhos de meu coração, vocês viram o mesmo que eu? Um tópico é lançado em um fórum de discussão de OTAKUS (uma parcela de consumidores) no dia 05 de dezembro, oferecendo um recall cujo prazo máximo é dia 21 de dezembro do mesmo ano. Vamos fazer interpretação de texto?

Propõe-se o recolhimento de duas publcações com problemas de editoração, sendo que cada uma das mesmas permaneceu durante 30 dias nas bancas, num prazo ínfimo e cujo comunicado é feito quase que no boca-a-boca.

E quem comprou o gibi e não tem internet, como vai descobrir a existência deste recall?

Francamente...que postura é essa da casa editorial? Se uma FORD fabrica uma determinada série de carros com problemas nos freios (isso já aconteceu, lembra-se?) faz-se um comunicado veiculado na televisão (tipo horário do Jornal Nacional), o prazo para recolhimento dos veículos é de MESES (3, 4) e ainda assim pede-se desculpas aos consumidores pelo equívoco, pretendendo assim zelar pelo nome da empresa.

O básico seria a Panini editar em todas as publicações da linha Planet Manga um pedido de desculpas pelo incoveniente e dar as indicações para o recolhimento dos exemplares. E não ocorre nada disso! Por que será?

Vejam a falta de seriedade da casa editorial. Pensem nisso.

sexta-feira, 30 de novembro de 2007

Mas que acabamento porco!

Crionças,

O tio aqui é um homem ocupado. A falta de atualizações não é por falta de assunto, infelizmente. Gostaria que, um dia, o selo Planet Manga alcance um nível de qualidade que não seja mais necessário o meu trabalho. Mas para isso é necessário, por exemplo, a criação de um cargo de 'ombudsman' - uma pessoa paga pela editora para receber as reclamações dos leitors e puxar orelhas de quem errou.

Estava eu fuxicando meus mangás Panini quando vi um problema incrivelmente óbvio: mas que acabamento gráfico porco! A encadernação solta numa facilidade ímpar...coisa que eu, pelo menos, nunca vi acontecer com um gibi da Conrad.

Esse tipo de encadernação não funciona para o formato de poucas páginas e capa em papel cartão! O cartão na gramatura (espessura) em questão não absorve a cola direito, e como tem pouca área pegajosa, a capa solta mesmo! Se o material de capa fosse menos rígido, ou se a publicação tivesse mais páginas, não haveria problemas do tipo.

Outra coisa: que papel do miolo ruim esse que usaram no Peach Girl, hein? A coleção inteira é assim, você abre a publicação - com medo da encadernação desfazer, pff...! - e o papel é duro, não tem caimento, cria um monte de volumes, quase rachaduras na área da lombada! Repara só:
Compare agora com um título da JBC, o Tsubasa:


Cliquem nas imagens para vê-las maiores, com mais detalhes. E eu ainda volto! Tem mais coisa a ser escrita aqui!

segunda-feira, 5 de novembro de 2007

Erramos!

Queridos 2 leitores (que não são só 2 pelo que vejo...cada vez que passo aqui o contador pulou em 20, 30 visitas)

O nego aqui errou. A Panini não fez só 2 cagadas, como anunciado no título da postagem anterior. Mas, ao contrário da casa editorial em questão, assumimos nossos erros (risos). Vamos enumerar cada uma delas para não ter dúvidas?

1) A contratação de uma menina sem experiência profissional para cuidar de uma linha editorial composta por mais de 10 revistas;

2) A lombada errada de Lobo Solitário - e o consequente abafamento do caso;

3) As notas de rodapé do Lobo Solitário jogadas lá pro final da revista - o que quebra o ritmo de leitura;

4) A dificuldade de entrar em contato com qualquer responsável da casa editorial para reclamar ou mesmo elogiar;

5) O caso Trigun, publicado em determinado formato e depois repentinamente republicado de outra forma, sem recall para os compradores (desrespeito ímpar, ainda abordo o caso)

6) Censura em Crying Freeman, mangá já publicado no Brasil sem qualquer tipo de mosaico nos genitais, nada!

7) Naruto e os dedos decepados na edição número 1, além de uma confusão dos nomes de vila e clãs;

8) A paralização por DOIS ANOS de Peach Girl, mangá JÁ FINALIZADO NO JAPÃO;

9) A não realização de pesquisas para saber quais títulos seriam bem recebidos pelos leitores, o que resulta na publicação de revistas que não vendem, formatos errados, etc. Basta ver o finado Shin-chan.

Isso pelo que contabilizei, fora rumores de problemas de tradução numa publicação do Kaoru Yuki que, segundo minhas fontes, tornam incompreensível um trecho da história. Ou seja, existe uma série de descuidos para com os produtos que você paga para ler.

Nessas horas, eu me pergunto: por que pagar caro por um gibi que vem com erros? E que não existe a possibilidade de reclamar dos mesmos? Por que não caçar suas leituras nos sites de scanlation?

Antes de me acusarem de promotor da pirataria, deixo claro uma coisa: não há problema algum em ler scanlation, DESDE QUE VOCÊ NÃO VENDA ESTE MATERIAL, ou seja, não haja retorno financeiro de espécie alguma para o grupo tradutor. Alguns grupos de fãs que traduzem mangás sofrem processos judiciais? Sim. Mas porque pedem contribuições em dinheiro para o pagamento do servidor - é aí que a porca torce o rabo.

Agora, uma coisa que eu ando conversando com um colaborador meu...sobre o bunda-molismo do leitor. Isso é conseqüência de uma figurinha aí do meio do mangá promover a pirataria de fitas VHS há uns tempos aí...mas eu chego lá, acalme-se caro leitor...

E antes que eu me esqueça, meu considerado BK está com um podcast fantástico sobre a estrutura das editoras nacionais, e o problema de se investir numa carreira em quadrinhos no Brasil. Ouça: http://www.mypodcast.com/fsaudio/obscuro_20071105_0537-121450.mp3

Abraços!

segunda-feira, 22 de outubro de 2007

A burrada número 2

Flores de meu jardim! Estão bem regadinhas? Não? Ah, fiquem tranqüilas, porque já vem umas gotinhas d’água pra vocês.

Estava eu passeando pela Internet, muito por acaso resolvi digitar no google a palavra “Lobo Solitário”, uma das publicações de minha adorada-salve-salve editora Panini. E me deparei com uma imagem interessante, veja:

Bonita a coleção, né? Deve ficar “bacanuda” numa estante, conferir status ao seu colecionador que, arduamente, comprou 28 exemplares de uma publicação seriada, de extremo bom gosto, com roteiro voltado para leitores adultos. Mas, epa! Tem algo errado aqui:

Meninos...sabe qual a importância de uma lombada para uma publicação? Identificá-la perante os demais livros expostos ao seu lado e diferenciar um exemplar perante os demais. Isso ajuda a localizar um livro numa livraria, numa biblioteca. Neste caso específico, a imagem que aparece na lombada busca confirmar a imagem da capa. Como se a revista dissesse, “ei, sou diferente da que está ali do lado! Me compre, sou nova!”

Agora imagina um comprador NÃO OTAKU, NÃO FREQUENTADOR DE FÓRUNS DE DISCUSSÃO DE QUADRINHOS (estamos falando de um produto industrializado, que deve abranger o máximo de clientes possível), e que não acompanha os lançamentos mensais de quadrinhos nas bancas, percorrendo as estantes de uma livraria atrás de Lobo Solitário. E se depara com este caso. Numa olhada rápida, o que pensar? O exemplar 6 não existe? No que devo confiar, na imagem ou no número? Pôxa, mas vou levar pra casa um exemplar com defeito? Vou perguntar ao vendedor se não tem um exemplar ‘normal’...

O problema aqui apresentado é um erro BÁSICO, porém FATAL, de editoração de uma publicação com lombada quadrada. Ainda mais para uma casa editorial feito a Panini, que lança Lobo Solitário não em formato popular, em revista, mas como item “colecionável”. E ninguém quer colecionar um erro massificado, né?

Não me consta a existência de qualquer pronunciamento OFICIAL por parte da casa editorial Panini a respeito do equívoco cometido. Nenhuma nota de rodapé. Nada. Se houve, IMPRESSO NAS PÁGINAS DA REVISTA, por gentileza, mande uma fotografia da mesma e corrigirei este post do blog. O justo seria encartar no exemplar seguinte um vinil adesivo (mesmo material utilizado nas FIGURINHAS autocolantes, que a própria Panini produz a rodo) com a imagem correta, juntamente de um pedido de desculpas ao leitor. Afinal, é ele quem paga o preço da publicação e, conseqüentemente, o salário de quem editou o material errado.

E sabe o que foi oferecido ao leitor que reclamou deste episódio?

http://orbitalzine.zip.net/arch2005-08-01_2005-08-31.html

Olha o tamanho do pepino, meu caro! Repare no que a falta de comunicação entre editora e leitor provoca:

1) Se não houve qualquer tipo de pronunciamento impresso nos exemplares de Lobo Solitário, como o leitor comum, o NÃO-OTAKU, vai descobrir a existência do blog de Elza Pacheco e, conseqüentemente, DESCOBRIR que ali está disponível para download e impressão uma errata?

2) A editora, neste caso, está assumindo que o leitor possui computador com conexão de Internet em casa, impressora, ou o que é pior, conhecimento de especificações técnicas de software de edição de imagens e suportes de impressão (veja item 3). E quem não tem posse desses bens listados aqui, como fica? É ignorado pela editora?

3) Mas o que o leitor fará com esse material? Imprimir isso numa jato de tinta? E ao entrar em contato com a umidade da cola a impressão borra e estraga ainda mais o exemplar? E a cola bastão? Não vai soltar com o tempo ao ser aplicada numa superfície laminada? E a cola quente?

Ah, amigo, olha a dor de cabeça criada pro consumidor por conta de uma falta de atenção!

O quanto ouvi de gente defendendo a Elza nesse caso... "ah, isso é uma besteira, eu nem ligo prá isso, você faz tempestade em copo d'água". Vamos usar um exemplo análogo: publicar uma "edição definitiva" de Harry Potter, ou das obras completas de Paulo Coelho, ambos pela editora Rocco. Você consegue imaginar a possibilidade, mesmo que remota, de um dos exemplares da suposta "edição definitiva" apresentar um erro na lombada? Nunca! Por que? A editora Rocco é séria, contrata PROFISSIONAIS. Gente que, se cometer um erro desse tamanho, a ponto de PROJETAR a capa de uma publicação, MANDAR O ARQUIVO PRÁ GRÁFICA (sem revisão de terceiros), IMPRIMIR, DAR A ORDEM para que os volumes passem pelo setor de encadernação da gráfica sem que haja um PRODUTOR GRÁFICO ao lado ACOMPANHANDO a produção dos mesmos e, finalmente, DISTRIBUIÇÃO DESTA PUBLICAÇÃO DEFEITUOSA, vai prá rua num piscar de olhos.

Portanto, amigo, a lombada do exemplar de Lobo Solitário #6 não é um errinho que deve passar batido. Porque ele demonstra claramente a estrutura precária, para não dizer PORCA, da representante da Panini no Brasil. Sabe qual a mensagem passada pela editora Panini do Brasil / Mythos neste caso? Contratamos mão-de-obra barata e não ligamos para a qualidade de nossos produtos. Uma contradição para os mangás publicados em formato de luxo e custando caros R$ 12,90.

Engraçado que toda editora de mangá no Brasil, quando acontece alguma quebra da periodicidade das publicações, usa a desculpa que "As capas precisam ser aprovadas antecipadamente pelos licenciadores no Japão" ou algo do gênero. Depois de uma burrada dessa você ainda acredita em tudo o que um editor de mangá no Brasil diz? Ah, faz-me rir!

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Fonte das imagens aqui utilizadas:

Lombadas Lobo Solitário: original em http://grandeabobora.com/wp-content/images/ls28vol.jpg

Capas: www.submarino.com.br

Lombada certa: http://orbitalzine.zip.net/arch2005-08-01_2005-08-31.html

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Aproveitando o espaço: ouça o podcast de meu considerado JRP a respeito dos problemas de UM exemplar de Lobo Solitário. É o do dia 18 de outubro, se não me engano.

sábado, 20 de outubro de 2007

Panini: a metonímia do mangá no Brasil

Olá companheirinho, tudo legalzinho?

Andei frequentando umas comunidades no orkut, um fórum ou dois por aí, falando de minhas idéias, da falta de comunicação da editora, dos preços altos...e sabe o que eu li por aí? "Anhááááá, não reclama, eu sou fã da Peach Girl e o mangá taí de volta, blé, seu bobo, feio, onde esteve nos útlimos dois anos?", ou "A Conrad é pior por isso e aquilo, a JBC faz pior, e não-sei-o-quê".

Caro frequentador de meu blog, sabe porque ataco os mangás Panini? É porque sou leitor do material publicado por eles.

Eles fazem burradas? Certamente! Mas eu tenho que dar o braço a torcer: apesar da falta de comunicação entre leitor e editor, de não nos consultarem sobre o que queremos ler, dos erros primários de edição, ali naquela editora aparece um gibi ou dois que valem a pena um homem adulto não-otaku ler.

Não leio nada da Conrad. Parei. Sabe o porque? Eu gasto 10, 15 reais por revista, e na metade de coleção, depois de uns 150 a 300 reais empatados ali, de pouquinho em pouquinho investidos ao longo de meses, a editora chuta o balde e lança tudo com mega-desconto, ou monta uma "edição definitiva"...se é assim, por que não esperar 2 anos para comprar uma coleção inteira de uma só vez? Portanto, não acompanho as burradas da mesma.

A JBC, me perdoem, mas só lança material prá nerd babão ler! Só o top do lixo pop japonês, por esse motivo me faz torcer o nariz por completo para suas publicações.

Além do mais, meu orçamento é limitado. Não tenho papai rico para me bancar 15 revistas mensais ao custo de R$ 9,90 cada uma. Não ficarei analisando exemplar por exemplar de todos os mangás publicados.

Mas sabe porque escolhi a Panini para escrever? Porque é uma METONÍMIA das publicações dos mangás no Brasil. Ah, não sabe o que é metonímia? Vá ler lá na gramática e depois volta aqui prá terminar de ler o texto!

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Já voltou? Leu? Então continuamos o papo:

Ou seja, a Panini é um exemplo, uma parcela que vale pelo todo. Os problemas que você acha que são pequenos nas publicações da Planet Manga aparecem sim nas demais editoras.

Se montei um blog apontando as cagadas da Panini, é porque eu GOSTO dos títulos que estão ali, mas os mesmos são MAL TRATADOS para custarem aquele tanto.

E outra, já que as cagadas da Conrad e JBC o incomodam tanto, por que não faz o mesmo que eu e monta um blog? Escreva sobre o assunto! Vá lá reclamar na porta dos caras! Não sou super-herói, nem salvador da pátria do mangá. Sou mais um. Apenas faço O QUE TODOS AQUI DEVERIAM FAZER.

Não prego o ódio. Não me leve a mal nem coloque palavras em minha boca. Eu cobro é um mínimo de RESPEITO ao CONSUMIDOR. Exigo meus direitos, sim, eu pago o salário de Dona Elza Keiko, trato-a cordialmente (nunca usei um palavrão precedendo o nome da mesma, já reparou? Mamãe me deu boa educação). Aponto para problemas CORPORATIVOS, não PESSOAIS, que afetam AO SEU BOLSO e À SUA DIVERSÃO.

quinta-feira, 18 de outubro de 2007

O que me levou a montar este blog?

Creio que a maioria de vocês saiba o porque do missivista aqui começar a apontar os erros da editora Panini. Aos que eventualmente não sabem do que falo, exponho aqui as imagens do que fizeram na edição número 29 de Berserk:


(imagens retiradas do fórum Multiverso Bate Boca, utilizadas aqui apenas como material de divulgação, sem intenção de obter qualquer lucro com isso)

Olhou bem? Sabe do que se tratam essas páginas? Fanfic de Internet! Sabe o que é isso? Meia dúzia de fãs estava lá, no orkut, sem ter o que fazer, e decidiu escrever uma historinha no esquema “eu escrevo, você continua”. Preste atenção no conteúdo (se você tiver paciência para ler): os caras não respeitaram o clima do gibi. Aliás, coitados, não passam de semi-analfabetos (e viva a democratização da Internet!), simples regurgitadores do contato limitado que têm com a cultura: personagens de TV de 10 anos atrás (ET e Rodolfo? Sumiram do mapa há uns 6 anos. Jorge Lafond, interprete da Vera Verão é falecido), e bailes funk.

Alguém mais “mente aberta” pode falar que se trata de uma abordagem da cultura POP. Mas putaquiupariu, precisava dedicar 10 páginas em um material de tão baixa qualidade? Sabe o que a editora ELZA KEIKO alega? “Ah, precisava preencher espaço, não tínhamos tempo para produzir nada, aí pegamos esse material do orkut. Eu e minha equipe achamos que seria legal”.

Peraí: a equipe de editores se depara com 10 páginas em branco e não tem material decente para preencher? Sabe o que é isso? INCOMPETÊNCIA! Porque se dona Elza tivesse o mínimo da manha para editar uma revista conseguiria material DE GRAÇA para preencher as páginas e, de quebra, AJUDARIA A CONSTRUIR O MERCADO NACIONAL DE QUADRINHOS, ILUSTRAÇÃO, e de uma porrada de coisas a mais! Bastava dar um ou dois telefonemas.

Todo mundo diz que o autor de quadrinho nacional não tem espaço. Mas olha só o espaço que ele pode ocupar! Se os licenciadores do Berserk não se importam com o que é feito nas páginas que sobram, por que não utilizá-las para promover talentos? Aliás, qual a contra-partida social que a Panini do Brasil tem feito? Sim, porque despejar quadrinho importado, arrochando mercado local e POLUINDO O MEIO AMBIENTE com o tanto de plástico que utilizam para embalar as publicações...lá na Itália a empresa pode se dar ao luxo de só publicar material estrangeiro, já que eles tem Hugo Pratt e mais uma porrada de profissionais prestigiados. Mas e aqui?

Neguinho nos fóruns tipo MBB fala “Ah, mas essa história das 10 páginas do Berserk já enxeu...”. Não enxeu não! Eu comprei uma revista lacrada na banca, não pude olhar o miolo da publicação. Porque se tivesse visto, não comprava essa edição. E paguei caro por serviço porco, mero control-c control-v de material disponível no orkut!

Eu só aquieto o dia que a Elza escrever um rodapé em Berserk pedindo DESCULPAS por tamanha desfeita com os leitores.

quarta-feira, 17 de outubro de 2007

Construa este blog você também!

Amiguinhos leitores,

Se ainda restou algum aqui (sim, porque fui banido do fórum Panini. Os caras não contra-argumentam qualquer tipo de observação sobre as cagadas das publicações deles, mas enfim...), peço a colaboração de vocês: mandem material com as burradas da editora! Erros de tradução, problemas de projeto da revista...faremos uma análise do que recebermos e publicaremos com o maior prazer!

Mande seu e-mail para kasuga_kiyosuke@hotmail.com

Abraços!

segunda-feira, 15 de outubro de 2007

Não seja otário(a)!



Fazendo um pequeno desvio do assunto que me leva a escrever este blog (a burrada-mestre da editora Panini, em minha opinião, o gasto de 10 páginas de uma publicação de fanfic – mas daqui a pouco voltarei ao assunto...)

Na lista de lançamentos deste mês, a editora Panini anuncia o lançamento do número 25 de um mangá feminino chamado “Peach Girl”. Não vou entrar no mérito do roteiro, acho que qualquer blog mantido por um otaku consegue escrever um punhado de frases a esse respeito. Mas como não sou otaku, e sim um consumidor, quero chamar atenção para uma coisa:

Sabe quando o número 24 da revista saiu? Outubro de 2005.

É isso mesmo, meus caros: 2 ANOS DE PUBLICAÇÃO PARALIZADA.

Nas últimas páginas da edição 24 saiu um aviso aos leitores, que haveria uma “breve” interrupção na publicação, etc. Mas sem prazo para retorno às bancas. Lógico que o fandom fez barulho em fóruns, rolou abaixo assinado virtual com mais de 2.000 assinaturas. E a faz-tudo da Elza Keiko anunciando extra-oficialmente em fóruns e eventos de quadrinhos “Olha, mês tal sai novo exemplar de Peach Girl” – inúmeras vezes...uma postura anti-profissional, quase de “amiguinha” dos leitores. Fora isso, silêncio absoluto por parte da empresa.

Agora, dois anos depois, surpresa! Volta a garota-pêssego às bancas. As perguntas que não querem calar:

1) Os fãs se mobilizaram na Internet, rolou abaixo assinado. TODA ATUAÇÃO NO MUNDO VIRTUAL. Mas será que algum desses fãs TELEFONOU para a editora reclamando, MANDOU UM FAX ou mesmo uma SIMPLES CARTA? No sentido de literalmente CONGESTIONAR os meios de comunicação da empresa?

Porque é muito fácil (pelo menos essa é a visão da editora, como ela própria demonstra em algumas respostas dadas no orkut, a serem expostas aqui em breve) um único cara construir várias identidades virtuais e cada uma valer por uma assinatura.

Engraçado que a própria Elza Pacheco usa Internet para se comunicar com os CONSUMIDORES mas não leva a sério as respostas negativas ao seu trabalho...

Aliás, a mesma adora ignorar tópicos que apontam os erros DA EDITORA. Basta ver as regras das comunidades relativas aos mangás editados por ela.

2) Será que os leitores querem ler uma revista após 2 anos no limbo? Caso positivo, sabe que mensagem a editora recebe? QUE VOCÊS SÃO TODOS UNS BUNDA-MOLES!

Sim, porque em tudo quanto é fórum de quadrinhos e comunidade do orkut dedicada a “Peach Vagaba” a resposta ao retorno da publicação variava entre “Kawaii, sugoi!”, “que legal” e “^____________^” (seja lá o que essa última opção queira dizer.

Meu conselho sincero? Não compre Peach Girl da editora Panini. Pois uma publicação JÁ TERMINADA NO JAPÃO ficar 2 anos sem aparecer nas bancas? Por que entregar seu dinheiro conquistado com dificuldade a uma empresa que não respeita seu leitor?

Pense nisso

sexta-feira, 12 de outubro de 2007

Podcast interessante

Encontrei um podcast interessante sobre o assunto abordado em nosso blog, mantido pelo inteligentíssimo JRP. Ouçam o que o tio lá tem a dizer, amiguinhos, pois vale a pena. E faz a gente rir de nossa desgraça.

Visitem: http://obscuro.mypodcast.com/index.html

Deixo claro que não tenho nada contra as pessoas da Senhora Elza Pacheco, muito menos de Alexandre Nagado...Oggh? Nunca ouvi falar - aliás, sequer os conheço. Minhas broncas são relativas AO PREÇO ABSURDO COBRADO PELA EDIÇÃO RUIM dos materiais publicados pelo selo Planet Manga da editora Panini do Brasil.

Daqui a pouco postarei uma pequena provocação...é hora de pensar e agir, meus caros! Porque não só pagamos CARO pela publicação de um fanfic fruto de orkuteiros como deixamos de desenvolver a indústria nacional de quadrinhos.

quarta-feira, 10 de outubro de 2007

Começando

Olá. Esta é a primeira postagem, portanto devo explicar qual o motivo da existência deste blog.

Sou um leitor de mangás, como muitos de meus prováveis leitores devem ser. Sou fã desde 1996, quando havia 4 anos desde que os últimos mangás publicados em nosso país haviam sido editados (pela Abril Jovem). Depois disso, só em 2001 a JBC começou a lançar alguns títulos a preços acessíveis - R$ 2,90. Era fácil comprar uma revista dessas, bastava juntar o troco da padaria, uma passagem de ônibus, e era possível comprar 2, 3 revistas e me divertir por horas.

Mas por motivos obscuros, os preços dessas revistas foram aumentando com o passar do tempo. As respostas que eram dadas aos leitores, NUNCA PUBLICADAS NAS PÁGINAS DAS REVISTAS, mas sempre sob forma de boatos e notinhas lançadas em fóruns de discussão de fãs, diziam que era culpa do dólar, que aumentava os custos do papel e dos serviços gráficos, etc. Até era possível engolir essa desculpa, afinal no começo do primeiro mandato do Lula pegamos cotação do dólar a R$ 4,00!

Mas aí ficou uma situação esquisita, sabe? Porque o dólar caiu! Hoje está cotado a R$ 1,80. Mas e o preço das revistas? Só subiu nos últimos tempos! A própria JBC cobra R$ 7,90 pelo mesmo número de páginas e qualidade (ruim) de impressão e acabamento gráfico.

O que houve com as editoras de mangás no Brasil? Por que devo pagar em uma única publicação um valor que há pouco tempo dava para comprar 3 revistas?

Quem determina os títulos publicados em nosso país? Eu, que sou o leitor e potencial consumidor de mangás, nunca fui questionado sobre o assunto. E só vejo títulos vazios de conteúdo, mas que são "modinhas" entre a galerinha do fandom, os fãs que lotam os fóruns de discussão, meia dúzia de meninos que não saem da frente do computador. E as bancas de jornais são entupidas com "Bastard!!", mangás yaoi, as obras completas do criador de Dragon Ball...

Estou falando de um problema grave, a falta de comunicação entre editora e leitor. Mas que está se agravando cada vez mais: os sucessivos aumentos de preço de capa dos mangás não são anunciados, pegando a todos de surpresa. As editoras não se preocupam em fazer qualquer tipo de declaração oficial a respeito, e nem pedem desculpas aos leitores por IMPOREM o preço que ACHAM que todos podem pagar.

Agora uma editora em especial tem pisado na bola com todos nós, leitores: a Panini, sob o selo Planet Manga. Ao contratar uma MENINA para editar 20 publicações distintas, a qualidade dos poucos títulos de mangá possíveis de serem lidos por um homem adulto não-otaku caiu vertiginosamente! Erros de tradução, de produção gráfica, preenchimento de páginas com material criado por meia dúzia de orkuteiros...ei! Estou pagando por isso! Por que devo pagar por uma revista que é CHEIA DE ERROS E MAL PRODUZIDA?

E adianta reclamar na editora? Não! Porque o fórum para discutir esses problemas está jogado às moscas. A própria editora ELZA KEIKO assume que não frequenta O FÓRUM DA PRÓPRIA EMPRESA NA QUAL TRABALHA porque "não ganha o suficiente para isso". Mas no orkut ela fica ligada 24 horas por dia, né? E nas comunidades nas quais ela participa é PROIBIDO discutir problemas detectados pelos CONSUMIDORES dos PRODUTOS editados pela Panini.

Enfim, este é um espaço para reunir problemas os mais diversos possíveis relativos a edição dos mangás da linha Planet Manga da editora Panini. Você já encontrou um erros de tradução que estragou a sua história favorita? A lombada da sua revista veio com problema de projeto? Mande-nos um e-mail! Envie uma foto com esse problema! Nós não o resolvemos, mas a intenção de expô-los aqui é chamar a atenção dos editores para que essas mancadas não se repitam futuramente.

Porque scan de mangá está disponível pela internet. E de graça.