quinta-feira, 18 de dezembro de 2008

Fim da Pixel?


Não, o blog não acabou, e nenhum dos colaboradores morreu (eu pelo menos) mas é foda, é erro demais para tempo de menos!

Hoje vamos falar sobre a Pixel, que parece que acabou. Isso é falta de planejamento, não tem outra explicação.

Agora, vamos ao texto do Von DEWS do Vertigem

"Como uma editora do porte da Pixel - que pode ser pequena, mas conseguiu os direitos dos maiores e melhores títulos adultos do mercado, e isso não é pouca coisa - mas como ela, que tinha um contrato de 5 anos de DC/Wildstorm, que fez vários anúncios, que o Cássius disse que tinha planos de pelo menos 1 (hum) encadernado de Monstro do Pântano por ano (pra mim era suficiente), e outras promessas.. ele não tirou isso do bolso.. como uma editora assim, não tem um planejamento(não planejamento de marketing, que parece que nenhuma, nem a Panini tem) mas como ela não teve um planejamento de lançamentos, como quase na segunda quinzena de Dezembro(!!!) anuncia que em Janeiro pode não continuar..?

Isso não existe! Até um oficina mecânica de fundo de quintal tem previsão de ganhos e de trabalhos futuros, pelo menos por trimestre… a Pixel não é a Padaria do Joaquim, pô! É uma editora!

Eu não consigo acreditar que seja assim, ontem eu falo que tenho mil planos, hoje eu me despeço, e amanhã tudo está normal…

Comprei vários encadernados da Pixel nos últimos meses, não acho que desperdicei meu dinheiro, nem quero ser ressarcido nem nada, as revistas são boas independente de qualquer coisa, mas só não entendo como pôde acabar, e com essa “insensibilidade”, parece que tá faltando algo nesse pronunciamento… profissionalismo…=/

E uma insensibilidade entre aspas...

Pois em qualquer negócio comercial, que tenha a relação fornecedor x consumidor , há uma questão de relacionamento entre as partes... está no Código do Consumidor, não preciso explicar isso aqui...

Ninguém está feliz, e negócios são negócios, falências e problemas fazem parte, mas nem por isso eles podem fechar as portas e pronto acabou... parece que os quadrinhos são uma dimensão à parte... nos scans existem brigas de egos, competições pra ver quem faz mais traduções e lança mais rápido sem importar a qualidade; no mercado editorial, é um mistério do universo saber tiragens, números de vendas ou qualquer coisa relacionada a dinheiro... até a Coca-Cola publica seus faturamentos, mas em quadrinhos isso é guardado à sete chaves, parece que se os leitores souberem a quantas anda o mercado, o mundo vai congelar e os dinossauros vão retornar cuspindo veneno em pó em nossos olhos!

Nos quadrinhos nada é igual à outras práticas comerciais... talvez esse seja seu único defeito e o principal motivo de sua instabilidade.

Todos editores de todas as editoras de quadrinhos são "experientes" e "sábios" quando surgem, fazem discursos lindos e ousados, dão aula sobre os 40 anos dos quadrinhos no Brasil.

Mas esquecem que tudo, TUDO mesmo, desde o camelô da esquina até a madeireira especializada em compassos quânticos de Jatobá Silvestre fazem investimento em propaganda... propaganda de verdade, expõem sua marca, atraem anunciantes... ou seja, mostram que existem. Coisa óbvia em qualquer empresa, mas nos quadrinhos não... eles são "especiais". Com eles é diferente.

Isso é uma coisa que não dá pra entender... eles querem que as pessoas conheçam novos quadrinhos por telepatia, e vão até as bancas via teleporte e comprem tudo que não viram antes, nem têm indicação de qualidade, e continuem comprando eternamente, num país que as pessoas têm preguiça de ler mais que três linhas de texto, não sabem pra que serve uma vírgula e gostam de novela.

Isso é a EXTREMA, COMPLETA E ABSOLUTA falta de SENSIBILIDADE!

Um caso óbvio de investimento e retorno positivo é o das Sandálias Havaianas... Há alguns anos, usar esta marca de chinelo era motivo de vergonha e risos, era "coisa de pobre", a moda ditava que as sandálias do Verão era a Samoa (hoje em dia nem existe mais), então, as Havaianas mudaram de estratégia, em vez de vender para as classes C e D, investiram nas classes A e B que na época eram as classes de maior poder aquisitivo e mais consumistas (hoje e dia há algumas alterações que não vêm ao caso). Mas com uma campanha de marketing agressiva (lê-se “cara”), usando personalidades, produção de qualidade, e muita, mas muita visibilidade, hoje em dia Pessoas vão à festas com estes chinelos que até pouco tempo atrás era usada nas mãos por goleiros de futebol de várzea.

Aposto que se qualquer editora investisse em propaganda, fizesse cartazes, pôsteres, outdoors, fizesse PDV (Pontos de Venda) com uma mulher bonita, com roupas curtas e uma camiseta com a estampa de Preacher, iria atrair muita gente... precisa agir, sem medo de achar que este é um segmento marginalizado. Até poucos anos atrás, Melissa, Hering, Bamba e outras marcas que hoje se vendem preços de ouro, eram produtos mais “marginalizados“ que os quadrinho, e hoje como estão?

A Ed. Abril apesar de defeitos investia em propaganda, cansei de pedir pôsteres de papel jornal que ficavam colados do lado de fora da banca, das revistas Marvel e DC.

Com investimento, há retorno, é a lei básica da publicidade mundial!

Anuncie em outras revistas, canais de TV, rádios, Venda páginas com anúncios, patrocine um time de futebol!! GASTE!

Pode ser até concha à beira da praia que vai vender e vai dar lucro!

Para ganhar dinheiro, precisa gastar! SE quer ganhar muito, precisa gastar muito! Os quadrinhos têm medo de se mostrar, mas se não houver atitude, vamos ver somente o Maurício de Souza com lucros...(e ele já fez filme, camisetas, aparece em biscoitos, mochilas e meias... Licenciamento da Imagem.. como a Marvel ganha dinheiro hoje em dia? Se mostrando!!

As Editoras precisar se mostrar, serem vistas e serem compradas... e ser visto É ser comprado!

A Pixel se escondeu..."