segunda-feira, 22 de outubro de 2007

A burrada número 2

Flores de meu jardim! Estão bem regadinhas? Não? Ah, fiquem tranqüilas, porque já vem umas gotinhas d’água pra vocês.

Estava eu passeando pela Internet, muito por acaso resolvi digitar no google a palavra “Lobo Solitário”, uma das publicações de minha adorada-salve-salve editora Panini. E me deparei com uma imagem interessante, veja:

Bonita a coleção, né? Deve ficar “bacanuda” numa estante, conferir status ao seu colecionador que, arduamente, comprou 28 exemplares de uma publicação seriada, de extremo bom gosto, com roteiro voltado para leitores adultos. Mas, epa! Tem algo errado aqui:

Meninos...sabe qual a importância de uma lombada para uma publicação? Identificá-la perante os demais livros expostos ao seu lado e diferenciar um exemplar perante os demais. Isso ajuda a localizar um livro numa livraria, numa biblioteca. Neste caso específico, a imagem que aparece na lombada busca confirmar a imagem da capa. Como se a revista dissesse, “ei, sou diferente da que está ali do lado! Me compre, sou nova!”

Agora imagina um comprador NÃO OTAKU, NÃO FREQUENTADOR DE FÓRUNS DE DISCUSSÃO DE QUADRINHOS (estamos falando de um produto industrializado, que deve abranger o máximo de clientes possível), e que não acompanha os lançamentos mensais de quadrinhos nas bancas, percorrendo as estantes de uma livraria atrás de Lobo Solitário. E se depara com este caso. Numa olhada rápida, o que pensar? O exemplar 6 não existe? No que devo confiar, na imagem ou no número? Pôxa, mas vou levar pra casa um exemplar com defeito? Vou perguntar ao vendedor se não tem um exemplar ‘normal’...

O problema aqui apresentado é um erro BÁSICO, porém FATAL, de editoração de uma publicação com lombada quadrada. Ainda mais para uma casa editorial feito a Panini, que lança Lobo Solitário não em formato popular, em revista, mas como item “colecionável”. E ninguém quer colecionar um erro massificado, né?

Não me consta a existência de qualquer pronunciamento OFICIAL por parte da casa editorial Panini a respeito do equívoco cometido. Nenhuma nota de rodapé. Nada. Se houve, IMPRESSO NAS PÁGINAS DA REVISTA, por gentileza, mande uma fotografia da mesma e corrigirei este post do blog. O justo seria encartar no exemplar seguinte um vinil adesivo (mesmo material utilizado nas FIGURINHAS autocolantes, que a própria Panini produz a rodo) com a imagem correta, juntamente de um pedido de desculpas ao leitor. Afinal, é ele quem paga o preço da publicação e, conseqüentemente, o salário de quem editou o material errado.

E sabe o que foi oferecido ao leitor que reclamou deste episódio?

http://orbitalzine.zip.net/arch2005-08-01_2005-08-31.html

Olha o tamanho do pepino, meu caro! Repare no que a falta de comunicação entre editora e leitor provoca:

1) Se não houve qualquer tipo de pronunciamento impresso nos exemplares de Lobo Solitário, como o leitor comum, o NÃO-OTAKU, vai descobrir a existência do blog de Elza Pacheco e, conseqüentemente, DESCOBRIR que ali está disponível para download e impressão uma errata?

2) A editora, neste caso, está assumindo que o leitor possui computador com conexão de Internet em casa, impressora, ou o que é pior, conhecimento de especificações técnicas de software de edição de imagens e suportes de impressão (veja item 3). E quem não tem posse desses bens listados aqui, como fica? É ignorado pela editora?

3) Mas o que o leitor fará com esse material? Imprimir isso numa jato de tinta? E ao entrar em contato com a umidade da cola a impressão borra e estraga ainda mais o exemplar? E a cola bastão? Não vai soltar com o tempo ao ser aplicada numa superfície laminada? E a cola quente?

Ah, amigo, olha a dor de cabeça criada pro consumidor por conta de uma falta de atenção!

O quanto ouvi de gente defendendo a Elza nesse caso... "ah, isso é uma besteira, eu nem ligo prá isso, você faz tempestade em copo d'água". Vamos usar um exemplo análogo: publicar uma "edição definitiva" de Harry Potter, ou das obras completas de Paulo Coelho, ambos pela editora Rocco. Você consegue imaginar a possibilidade, mesmo que remota, de um dos exemplares da suposta "edição definitiva" apresentar um erro na lombada? Nunca! Por que? A editora Rocco é séria, contrata PROFISSIONAIS. Gente que, se cometer um erro desse tamanho, a ponto de PROJETAR a capa de uma publicação, MANDAR O ARQUIVO PRÁ GRÁFICA (sem revisão de terceiros), IMPRIMIR, DAR A ORDEM para que os volumes passem pelo setor de encadernação da gráfica sem que haja um PRODUTOR GRÁFICO ao lado ACOMPANHANDO a produção dos mesmos e, finalmente, DISTRIBUIÇÃO DESTA PUBLICAÇÃO DEFEITUOSA, vai prá rua num piscar de olhos.

Portanto, amigo, a lombada do exemplar de Lobo Solitário #6 não é um errinho que deve passar batido. Porque ele demonstra claramente a estrutura precária, para não dizer PORCA, da representante da Panini no Brasil. Sabe qual a mensagem passada pela editora Panini do Brasil / Mythos neste caso? Contratamos mão-de-obra barata e não ligamos para a qualidade de nossos produtos. Uma contradição para os mangás publicados em formato de luxo e custando caros R$ 12,90.

Engraçado que toda editora de mangá no Brasil, quando acontece alguma quebra da periodicidade das publicações, usa a desculpa que "As capas precisam ser aprovadas antecipadamente pelos licenciadores no Japão" ou algo do gênero. Depois de uma burrada dessa você ainda acredita em tudo o que um editor de mangá no Brasil diz? Ah, faz-me rir!

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Fonte das imagens aqui utilizadas:

Lombadas Lobo Solitário: original em http://grandeabobora.com/wp-content/images/ls28vol.jpg

Capas: www.submarino.com.br

Lombada certa: http://orbitalzine.zip.net/arch2005-08-01_2005-08-31.html

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Aproveitando o espaço: ouça o podcast de meu considerado JRP a respeito dos problemas de UM exemplar de Lobo Solitário. É o do dia 18 de outubro, se não me engano.

sábado, 20 de outubro de 2007

Panini: a metonímia do mangá no Brasil

Olá companheirinho, tudo legalzinho?

Andei frequentando umas comunidades no orkut, um fórum ou dois por aí, falando de minhas idéias, da falta de comunicação da editora, dos preços altos...e sabe o que eu li por aí? "Anhááááá, não reclama, eu sou fã da Peach Girl e o mangá taí de volta, blé, seu bobo, feio, onde esteve nos útlimos dois anos?", ou "A Conrad é pior por isso e aquilo, a JBC faz pior, e não-sei-o-quê".

Caro frequentador de meu blog, sabe porque ataco os mangás Panini? É porque sou leitor do material publicado por eles.

Eles fazem burradas? Certamente! Mas eu tenho que dar o braço a torcer: apesar da falta de comunicação entre leitor e editor, de não nos consultarem sobre o que queremos ler, dos erros primários de edição, ali naquela editora aparece um gibi ou dois que valem a pena um homem adulto não-otaku ler.

Não leio nada da Conrad. Parei. Sabe o porque? Eu gasto 10, 15 reais por revista, e na metade de coleção, depois de uns 150 a 300 reais empatados ali, de pouquinho em pouquinho investidos ao longo de meses, a editora chuta o balde e lança tudo com mega-desconto, ou monta uma "edição definitiva"...se é assim, por que não esperar 2 anos para comprar uma coleção inteira de uma só vez? Portanto, não acompanho as burradas da mesma.

A JBC, me perdoem, mas só lança material prá nerd babão ler! Só o top do lixo pop japonês, por esse motivo me faz torcer o nariz por completo para suas publicações.

Além do mais, meu orçamento é limitado. Não tenho papai rico para me bancar 15 revistas mensais ao custo de R$ 9,90 cada uma. Não ficarei analisando exemplar por exemplar de todos os mangás publicados.

Mas sabe porque escolhi a Panini para escrever? Porque é uma METONÍMIA das publicações dos mangás no Brasil. Ah, não sabe o que é metonímia? Vá ler lá na gramática e depois volta aqui prá terminar de ler o texto!

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Já voltou? Leu? Então continuamos o papo:

Ou seja, a Panini é um exemplo, uma parcela que vale pelo todo. Os problemas que você acha que são pequenos nas publicações da Planet Manga aparecem sim nas demais editoras.

Se montei um blog apontando as cagadas da Panini, é porque eu GOSTO dos títulos que estão ali, mas os mesmos são MAL TRATADOS para custarem aquele tanto.

E outra, já que as cagadas da Conrad e JBC o incomodam tanto, por que não faz o mesmo que eu e monta um blog? Escreva sobre o assunto! Vá lá reclamar na porta dos caras! Não sou super-herói, nem salvador da pátria do mangá. Sou mais um. Apenas faço O QUE TODOS AQUI DEVERIAM FAZER.

Não prego o ódio. Não me leve a mal nem coloque palavras em minha boca. Eu cobro é um mínimo de RESPEITO ao CONSUMIDOR. Exigo meus direitos, sim, eu pago o salário de Dona Elza Keiko, trato-a cordialmente (nunca usei um palavrão precedendo o nome da mesma, já reparou? Mamãe me deu boa educação). Aponto para problemas CORPORATIVOS, não PESSOAIS, que afetam AO SEU BOLSO e À SUA DIVERSÃO.

quinta-feira, 18 de outubro de 2007

O que me levou a montar este blog?

Creio que a maioria de vocês saiba o porque do missivista aqui começar a apontar os erros da editora Panini. Aos que eventualmente não sabem do que falo, exponho aqui as imagens do que fizeram na edição número 29 de Berserk:


(imagens retiradas do fórum Multiverso Bate Boca, utilizadas aqui apenas como material de divulgação, sem intenção de obter qualquer lucro com isso)

Olhou bem? Sabe do que se tratam essas páginas? Fanfic de Internet! Sabe o que é isso? Meia dúzia de fãs estava lá, no orkut, sem ter o que fazer, e decidiu escrever uma historinha no esquema “eu escrevo, você continua”. Preste atenção no conteúdo (se você tiver paciência para ler): os caras não respeitaram o clima do gibi. Aliás, coitados, não passam de semi-analfabetos (e viva a democratização da Internet!), simples regurgitadores do contato limitado que têm com a cultura: personagens de TV de 10 anos atrás (ET e Rodolfo? Sumiram do mapa há uns 6 anos. Jorge Lafond, interprete da Vera Verão é falecido), e bailes funk.

Alguém mais “mente aberta” pode falar que se trata de uma abordagem da cultura POP. Mas putaquiupariu, precisava dedicar 10 páginas em um material de tão baixa qualidade? Sabe o que a editora ELZA KEIKO alega? “Ah, precisava preencher espaço, não tínhamos tempo para produzir nada, aí pegamos esse material do orkut. Eu e minha equipe achamos que seria legal”.

Peraí: a equipe de editores se depara com 10 páginas em branco e não tem material decente para preencher? Sabe o que é isso? INCOMPETÊNCIA! Porque se dona Elza tivesse o mínimo da manha para editar uma revista conseguiria material DE GRAÇA para preencher as páginas e, de quebra, AJUDARIA A CONSTRUIR O MERCADO NACIONAL DE QUADRINHOS, ILUSTRAÇÃO, e de uma porrada de coisas a mais! Bastava dar um ou dois telefonemas.

Todo mundo diz que o autor de quadrinho nacional não tem espaço. Mas olha só o espaço que ele pode ocupar! Se os licenciadores do Berserk não se importam com o que é feito nas páginas que sobram, por que não utilizá-las para promover talentos? Aliás, qual a contra-partida social que a Panini do Brasil tem feito? Sim, porque despejar quadrinho importado, arrochando mercado local e POLUINDO O MEIO AMBIENTE com o tanto de plástico que utilizam para embalar as publicações...lá na Itália a empresa pode se dar ao luxo de só publicar material estrangeiro, já que eles tem Hugo Pratt e mais uma porrada de profissionais prestigiados. Mas e aqui?

Neguinho nos fóruns tipo MBB fala “Ah, mas essa história das 10 páginas do Berserk já enxeu...”. Não enxeu não! Eu comprei uma revista lacrada na banca, não pude olhar o miolo da publicação. Porque se tivesse visto, não comprava essa edição. E paguei caro por serviço porco, mero control-c control-v de material disponível no orkut!

Eu só aquieto o dia que a Elza escrever um rodapé em Berserk pedindo DESCULPAS por tamanha desfeita com os leitores.

quarta-feira, 17 de outubro de 2007

Construa este blog você também!

Amiguinhos leitores,

Se ainda restou algum aqui (sim, porque fui banido do fórum Panini. Os caras não contra-argumentam qualquer tipo de observação sobre as cagadas das publicações deles, mas enfim...), peço a colaboração de vocês: mandem material com as burradas da editora! Erros de tradução, problemas de projeto da revista...faremos uma análise do que recebermos e publicaremos com o maior prazer!

Mande seu e-mail para kasuga_kiyosuke@hotmail.com

Abraços!

segunda-feira, 15 de outubro de 2007

Não seja otário(a)!



Fazendo um pequeno desvio do assunto que me leva a escrever este blog (a burrada-mestre da editora Panini, em minha opinião, o gasto de 10 páginas de uma publicação de fanfic – mas daqui a pouco voltarei ao assunto...)

Na lista de lançamentos deste mês, a editora Panini anuncia o lançamento do número 25 de um mangá feminino chamado “Peach Girl”. Não vou entrar no mérito do roteiro, acho que qualquer blog mantido por um otaku consegue escrever um punhado de frases a esse respeito. Mas como não sou otaku, e sim um consumidor, quero chamar atenção para uma coisa:

Sabe quando o número 24 da revista saiu? Outubro de 2005.

É isso mesmo, meus caros: 2 ANOS DE PUBLICAÇÃO PARALIZADA.

Nas últimas páginas da edição 24 saiu um aviso aos leitores, que haveria uma “breve” interrupção na publicação, etc. Mas sem prazo para retorno às bancas. Lógico que o fandom fez barulho em fóruns, rolou abaixo assinado virtual com mais de 2.000 assinaturas. E a faz-tudo da Elza Keiko anunciando extra-oficialmente em fóruns e eventos de quadrinhos “Olha, mês tal sai novo exemplar de Peach Girl” – inúmeras vezes...uma postura anti-profissional, quase de “amiguinha” dos leitores. Fora isso, silêncio absoluto por parte da empresa.

Agora, dois anos depois, surpresa! Volta a garota-pêssego às bancas. As perguntas que não querem calar:

1) Os fãs se mobilizaram na Internet, rolou abaixo assinado. TODA ATUAÇÃO NO MUNDO VIRTUAL. Mas será que algum desses fãs TELEFONOU para a editora reclamando, MANDOU UM FAX ou mesmo uma SIMPLES CARTA? No sentido de literalmente CONGESTIONAR os meios de comunicação da empresa?

Porque é muito fácil (pelo menos essa é a visão da editora, como ela própria demonstra em algumas respostas dadas no orkut, a serem expostas aqui em breve) um único cara construir várias identidades virtuais e cada uma valer por uma assinatura.

Engraçado que a própria Elza Pacheco usa Internet para se comunicar com os CONSUMIDORES mas não leva a sério as respostas negativas ao seu trabalho...

Aliás, a mesma adora ignorar tópicos que apontam os erros DA EDITORA. Basta ver as regras das comunidades relativas aos mangás editados por ela.

2) Será que os leitores querem ler uma revista após 2 anos no limbo? Caso positivo, sabe que mensagem a editora recebe? QUE VOCÊS SÃO TODOS UNS BUNDA-MOLES!

Sim, porque em tudo quanto é fórum de quadrinhos e comunidade do orkut dedicada a “Peach Vagaba” a resposta ao retorno da publicação variava entre “Kawaii, sugoi!”, “que legal” e “^____________^” (seja lá o que essa última opção queira dizer.

Meu conselho sincero? Não compre Peach Girl da editora Panini. Pois uma publicação JÁ TERMINADA NO JAPÃO ficar 2 anos sem aparecer nas bancas? Por que entregar seu dinheiro conquistado com dificuldade a uma empresa que não respeita seu leitor?

Pense nisso

sexta-feira, 12 de outubro de 2007

Podcast interessante

Encontrei um podcast interessante sobre o assunto abordado em nosso blog, mantido pelo inteligentíssimo JRP. Ouçam o que o tio lá tem a dizer, amiguinhos, pois vale a pena. E faz a gente rir de nossa desgraça.

Visitem: http://obscuro.mypodcast.com/index.html

Deixo claro que não tenho nada contra as pessoas da Senhora Elza Pacheco, muito menos de Alexandre Nagado...Oggh? Nunca ouvi falar - aliás, sequer os conheço. Minhas broncas são relativas AO PREÇO ABSURDO COBRADO PELA EDIÇÃO RUIM dos materiais publicados pelo selo Planet Manga da editora Panini do Brasil.

Daqui a pouco postarei uma pequena provocação...é hora de pensar e agir, meus caros! Porque não só pagamos CARO pela publicação de um fanfic fruto de orkuteiros como deixamos de desenvolver a indústria nacional de quadrinhos.

quarta-feira, 10 de outubro de 2007

Começando

Olá. Esta é a primeira postagem, portanto devo explicar qual o motivo da existência deste blog.

Sou um leitor de mangás, como muitos de meus prováveis leitores devem ser. Sou fã desde 1996, quando havia 4 anos desde que os últimos mangás publicados em nosso país haviam sido editados (pela Abril Jovem). Depois disso, só em 2001 a JBC começou a lançar alguns títulos a preços acessíveis - R$ 2,90. Era fácil comprar uma revista dessas, bastava juntar o troco da padaria, uma passagem de ônibus, e era possível comprar 2, 3 revistas e me divertir por horas.

Mas por motivos obscuros, os preços dessas revistas foram aumentando com o passar do tempo. As respostas que eram dadas aos leitores, NUNCA PUBLICADAS NAS PÁGINAS DAS REVISTAS, mas sempre sob forma de boatos e notinhas lançadas em fóruns de discussão de fãs, diziam que era culpa do dólar, que aumentava os custos do papel e dos serviços gráficos, etc. Até era possível engolir essa desculpa, afinal no começo do primeiro mandato do Lula pegamos cotação do dólar a R$ 4,00!

Mas aí ficou uma situação esquisita, sabe? Porque o dólar caiu! Hoje está cotado a R$ 1,80. Mas e o preço das revistas? Só subiu nos últimos tempos! A própria JBC cobra R$ 7,90 pelo mesmo número de páginas e qualidade (ruim) de impressão e acabamento gráfico.

O que houve com as editoras de mangás no Brasil? Por que devo pagar em uma única publicação um valor que há pouco tempo dava para comprar 3 revistas?

Quem determina os títulos publicados em nosso país? Eu, que sou o leitor e potencial consumidor de mangás, nunca fui questionado sobre o assunto. E só vejo títulos vazios de conteúdo, mas que são "modinhas" entre a galerinha do fandom, os fãs que lotam os fóruns de discussão, meia dúzia de meninos que não saem da frente do computador. E as bancas de jornais são entupidas com "Bastard!!", mangás yaoi, as obras completas do criador de Dragon Ball...

Estou falando de um problema grave, a falta de comunicação entre editora e leitor. Mas que está se agravando cada vez mais: os sucessivos aumentos de preço de capa dos mangás não são anunciados, pegando a todos de surpresa. As editoras não se preocupam em fazer qualquer tipo de declaração oficial a respeito, e nem pedem desculpas aos leitores por IMPOREM o preço que ACHAM que todos podem pagar.

Agora uma editora em especial tem pisado na bola com todos nós, leitores: a Panini, sob o selo Planet Manga. Ao contratar uma MENINA para editar 20 publicações distintas, a qualidade dos poucos títulos de mangá possíveis de serem lidos por um homem adulto não-otaku caiu vertiginosamente! Erros de tradução, de produção gráfica, preenchimento de páginas com material criado por meia dúzia de orkuteiros...ei! Estou pagando por isso! Por que devo pagar por uma revista que é CHEIA DE ERROS E MAL PRODUZIDA?

E adianta reclamar na editora? Não! Porque o fórum para discutir esses problemas está jogado às moscas. A própria editora ELZA KEIKO assume que não frequenta O FÓRUM DA PRÓPRIA EMPRESA NA QUAL TRABALHA porque "não ganha o suficiente para isso". Mas no orkut ela fica ligada 24 horas por dia, né? E nas comunidades nas quais ela participa é PROIBIDO discutir problemas detectados pelos CONSUMIDORES dos PRODUTOS editados pela Panini.

Enfim, este é um espaço para reunir problemas os mais diversos possíveis relativos a edição dos mangás da linha Planet Manga da editora Panini. Você já encontrou um erros de tradução que estragou a sua história favorita? A lombada da sua revista veio com problema de projeto? Mande-nos um e-mail! Envie uma foto com esse problema! Nós não o resolvemos, mas a intenção de expô-los aqui é chamar a atenção dos editores para que essas mancadas não se repitam futuramente.

Porque scan de mangá está disponível pela internet. E de graça.